sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lição nº 26 e 27

Sumário:edição dos blogs individuais.
edição dos mapas de clima complicados.
Organização do portefólio.


I - materiais a entregar para avaliação:
1- print do blog;
2 - CV europass
3 - Lista de aulas( sumários e objectivos de trabalho)
4 - texto livre( aulas de geografia, auto avaliação e como deve ser as proximas aulas)
II - Imprimir a p/g do blog

As Ondas de Calor

As ondas de calor
De tempos a tempos verificam-se importantes anomalias
térmicas e ocorrência de ‘crises’ de temperatura; quando
intensas e prolongadas, originam as ondas de calor – se duram,
pelo menos, seis dias consecutivos com a temperatura
máxima superior ao percentil 90. No último meio século, as
mais importantes ocorreram em Castelo Branco, em Julho de
1954, e em Amareleja, em Julho de 1991, ambas com a duração
de dezanove dias cada uma. A última começou em 29 de
Julho de 2003 e prolongou-se até 14 de Agosto: foi das mais
severas, pela duração e pelas temperaturas muito elevadas que
se verificaram, em particular as temperaturas mínimas, que
ultrapassaram os 25ºC em grande parte do País e foram
superiores a 30ºC na área de Portalegre, sempre acompanhadas
por muito baixa humidade relativa do ar.
Entre outros incidentes causados por esta anomalia
destacam-se os fogos florestais, pela extensão de área ardida e
a intensidade alcançada.

Temperatura Minima do ar

Temperatura Media do Ar

Onda de Calor

Equinócio


Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem do Latim e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar encontra-se metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No hemisfério sul é o contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março.

As datas dos equinócios variam de um ano para outro devido aos anos bissextos, que foram criados para corrigir o fato de um ano não ter a duração exata de 365 dias. Assim, num ano bissexto os equinócios tendem a ocorrer mais cedo. Ao longo dos anos comuns seguintes as datas tendem a adiantar-se um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.

Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica que ao longo do mesmo século as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007) e espera-se que por volta do ano 2040 passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19 de março. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma seqüência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103) ao invés dos habituais três.

Devido à órbita da Terra, as datas nas quais ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Situação da frente fria de 6 de Fevereiro 2001, às 14h00

Intensidade do Vento

Risco de Geada no País

Média da temperatura mínima do ar

Temperatura média do ar nos meses

Humidade relativa nos meses de Verão

Média da temperatura

Temperatura média do ar

percipitação e temperaturas

Clima e suas influências

Num mundo em que o turismo atinge foros de importante
actividade económica, o conhecimento do clima torna-se cada
vez mais necessário tanto para a obtenção de informação o mais
precisa possível do estado médio – e valores extremos – do
tempo numa dada época do ano, como para a escolha da localização
das estações turísticas.
As condições gerais da circulação atmosférica provocam
uma sensível diminuição da precipitação anual de norte para
sul do Continente, reforçada pela assimetria orográfica; a
barreira de relevos no Norte e o afastamento do litoral provocam
menor queda de chuva no interior, notoriamente na
rede hidrográfica, muito encaixada, do Douro.
Em paralelo com a distribuição da chuva encontra-se a distribuição
do número de dias com precipitação igual ou superior
a 1 mm e, em sua oposição, os valores da insolação – número de
horas de sol descoberto acima do horizonte – que atingem, no
Algarve, 3 100 horas, dos maiores valores da Europa.
A temperatura média do ar evolui em sentido contrário ao
das chuvas, ou seja, aumentando de norte para sul onde as
amplitudes térmicas são maiores; evolução idêntica se nota
entre as temperaturas ao longo do litoral – sempre mais amenas
e as do interior com muito maiores amplitudes térmicas. As
áreas montanhosas do Norte mantêm-se como ilhas de frescura
ao longo dos meses de Verão e no Inverno atingem as temperaturas
mais baixas sendo relativamente alto o risco de geada,
praticamente desconhecido a sul do Tejo e em todo o litoral.
A humidade relativa tem uma distribuição regional pouco
marcada de Inverno e uma diminuição acentuada, paralela ao
litoral, nos meses de Verão.
O vento, ou movimentos horizontais de massas de ar, é
outro elemento de clima que interfere muito directamente
com o sentimento de conforto sentido pelo Homem; e nele,
também, se encontra uma diferenciação entre o interior do
País, onde as direcções e intensidades são variáveis, em
correlação importante com o relevo e seus alinhamentos; e o
litoral, onde são bem marcadas as direcções norte e noroeste.
As frentes separam massas de ar de densidades diferentes;
pela sua posição, em especial o Continente e o arquipélago
dos Açores estão mais sujeitos à passagem de frentes no
Inverno do que no Verão; ainda devido à posição,
esporadicamente, o Continente e a Ilha da Madeira podem
ser atingidos por poeiras oriundas do Sara.
Da relação entre os vários elementos de clima obtêm-se
os índices de conforto bioclimático, através dos quais, uma
vez mais se nota, de uma maneira geral, o contraste entre o
Norte e o Sul. Outra medição menos frequente, mas
essencial pela repercussão em duas actividades importantes
– a pesca e o turismo – é a da temperatura da água do mar à
superfície, junto à costa que, tal como em terra, aumenta de
norte para sul e cuja média varia entre 12,3ºC, no mês de
Janeiro, em Leixões, e 21,4ºC, nos meses mais quentes (Julho
e Agosto), no Cabo de Santa Maria; mas, tal como noutros
indicadores, notam-se algumas diferenças ao longo dos anos;
por exemplo, em Leixões, entre 1956 e 1999 registou-se uma
significativa “tendência crescente de cerca de 0,04ºC/ano”.
Para além desta distribuição normal dos elementos
climáticos básicos, verificou-se, pelo estudo de séries longas
de valores registados nas estações meteorológicas mais
significativas do Continente, “que o aumento [actual] da
temperatura média do ar ocorre em todas as estações [do
ano], sendo maior no Outono/Inverno do que na
Primavera/Verão... e que a [tendência] da taxa de aumento da
temperatura média anual do ar, 0,0074ºC/ano, é semelhante à
da média global calculada para todo o planeta”.

terça-feira, 10 de março de 2009

Temperatura média do ar anual

Insolação anual

Precipitação >=1mm

Elementos climáticos

O clima, ou filme do tempo, é definido por séries de valores médios ou normais da atmosfera, num dado lugar, durante um período relativamente longo (fixado em 30 anos no primeiro Congresso Internacional de Meteorologia, começando a primeira série em 1901); o tempo é “a síntese do estado e dos fenómenos atmosféricos” num lugar, num dado momento; às combinações meteorológicas mais frequentes dá-se o nome de tipos de tempo. O clima é um dos mais importantes factores que contribuem para a formação das paisagens, determinando o comportamento dos rios, ajudando a ‘fazer’ o solo e, consequentemente ‘preparando’ os mosaicos de vegetação e, ainda hoje, de maneira muito activa, influenciando os tipos de agricultura. Os elementos
mais determinantes do clima são a precipitação, a temperatura, a humidade, a pressão atmosférica e o vento; as suas variadas combinações originam as diferentes situações de tempo, sentidas pelo Homem e pelos seres vivos.
O tempo de uma região varia não só ao longo do ano, em consequência do movimento de translação da Terra em torno do Sol, como ao longo do dia, devido ao seu movimento de
rotação; para além desta variabilidade cíclica, há que contar com variações não periódicas, por vezes de origem muito complexa

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Imagens das Nuvens


Figura 1 - Cirro (Ci)

Figura 2 - Cirrocumulo (Cc)(Ch)

Figura 3 - Cirrostrato (Cs)

Figura 4 - Altocumulo (Ac)

Figura 5 - Altostrato (As) (Cm)*

Figura 6 - Nimbostrato (Ns)

Figura 7 - Estratocumulo (Sc)

Figura 8 - Estrato (St) (Cl)*

Figura 9 - Cumulo (Cu)

Figura 10 - Cumulonimbo (Cb)

Classificação das Nuvens

* Utilização no código SYNOP.

As nuvens podem também classificar-se consoante a altura da sua base (valores da altura da base respectivamente para as regiões Polares, Temperadas e Tropicais):

Nuvens Altas (altura entre 3 e 8 km, 5 e 13 km** e 6 a 18 km) - Ci, Cc, Cs
Nuvens Médias (altura entre 2 e 4 km, 2 e 7 km** e 2 a 8 km) - Ac, As
Nuvens Baixas (altura inferior a 2 km) - Sc, St, Ns, Cu, Cb
** As alturas nas regiões temperadas. Desenvolvendo-se os Ns e os Cb por vários andares.

Nuvens Especiais
Nacaradas - São nuvens estratosféricas (entre 20 e 30 km de altura) semelhantes a cirros ou altocumulos em forma de amêndoa com irização acentuada como a madrepérola.
Noctilucentes - Semelhantes a cirros ténues, em regra azuladas ou prateadas, e às vezes entre alaranjadas e vermelhas, parecendo ser constituídas por poeira cósmica muito fina.
Rastos de condensação - Nuvens que se formam a partir de rastos de aviões quando a atmosfera no nível do voo está suficientemente fria e húmida.
Nuvens de incêndios - Resultam dos produtos da combustão de grandes incêndios.
Nuvens de erupções vulcânicas - São de tipo cumuliforme constituída por partículas sólidas de várias dimensões, poeiras e gotículas de água que podem originar precipitação.
Nuvens de poeira ou areia muito fina - Originadas por tempestades de areia no deserto que posteriormente entram na circulação geral na baixa e média troposfera. Quando ocorre precipitação sobre uma nuvem de poeira as gotas de chuva são lamacentas.

Formação das Nuvens

As nuvens resultam do arrefecimento do ar por expansão adiabática associada ao movimento vertical do ar ou da mistura turbulenta do ar nas camadas baixas da atmosfera. Devido à diminuição da pressão atmosférica com a altitude, quando o ar sobe a temperatura desce e consequentemente a humidade relativa aumenta, podendo atingir o estado de saturação e de sobressaturação. A existência de núcleos de condensação (por exemplo partículas higroscópicas) provoca a condensação do vapor de água originando a nuvem.

A temperaturas inferiores a 0ºC as nuvens são constituídas por gotas de água sobrefundida até cerca de -10ºC nas nuvens estratificadas e até cerca de -25ºC nas nuvens de convecção. Para valores da temperatura inferiores e até cerca de -40ºC a maior parte das nuvens é constituída por gotas de água e cristais de gelo, com predomínio destes. As dimensões das gotas variam desde um mícron a 100 micra de diâmetro. Embora as gotas de água e os cristais de gelo sejam mais densos que o ar, a sua suspensão na atmosfera deve-se ao facto de os valores de velocidade de queda serem inferiores aos valores dos movimentos verticais ascendentes no interior da nuvem. Movimentos verticais do ar que induzem a formação de nuvens:

- Subida do ar devido à Convecção - Nuvens convectivas
- Subida forçada do ar devido à Orografia - Nuvens orográficas
- Subida de massas de ar de grande extensão horizontal associada a depressões e ou a superfícies frontais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Clima de Portugal Continental, segundo a classificação de Koppen.




O clima de Portugal Continental, segundo a classificação de Koppen, divide-se em duas regiões: uma de clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e quente (Csa) e outra de clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente (Csb).

Classificação de Koppen



A classificação principal de Koppen divide o clima da Terra em 5 regiões:

- Clima Tropical Húmido;
- Clima Seco;
- Clima Temperado com Inverno suave;
- Clima Temperado com Inverno rigoroso;
- Clima Polar.

classificação é baseada, com excepção do Clima Seco, nas temperaturas médias de cada região. O Clima Seco é definido com base na precipitação e evapotranspiração da região. Cada um destes tipos de clima divide-se ainda em sub-climas, tendo em conta a precipitação

O Clima de Portugal Continental





A análise espacial baseada nas normais de 1961/90 mostra a temperatura média anual a variar entre cerca de 7°C nas terras altas do interior norte e centro e cerca de 18°C no litoral sul. Com base nos mesmos dados mostra-se que a precipitação média anual tem os valores mais altos no Minho e Douro Litoral e os valores mais baixos no interior do Baixo Alentejo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Frente Quente



Uma frente quente é uma zona de transição onde uma massa de ar quente e húmido está a substituir uma massa de ar fria. As frentes quentes deslocam-se do equador para os pólos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da massa de ar mais frio e geralmente ocorre precipitação. Uma frente quente é representada simbolicamente por uma linha sólida com semicírculos que apontam para o ar frio e na direcção do movimento
Uma frente estacionária é uma fronteira entre ar quente e ar frio que resulta quando uma frente fria ou quente deixa de se mover. Quando ela se volta a mover, volta a ser fria ou quente. Uma frente estacionária é representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que apontam para o ar quente e semicírculos que apontam para o ar frio. Normalmente há uma mudança de temperatura ou de direcção de vento que se nota de um lado para o outro. Ciclones migrando ao longo de uma frente estacionária podem despejar grandes quantidades de precipitação, resultando em inundações significativas ao longo da frente. Se ambas as massas de ar ao longo de uma frente estacionária são secas, pode existir céu limpo sem precipitação. Quando há ar húmido e quente que se eleva sobre o ar frio, nebulosidade com precipitações leves podem cobrir uma vasta área.
Uma frente oclusa é uma zona de transição onde uma frente fria, movendo-se mais depressa, ultrapassa (e obstrui) uma frente quente, fazendo elevar-se todo o ar quente. A chuva contínua característica das frentes quentes é seguida imediatamente pelos aguaceiros associados às frentes frias. É representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos e semicírculos alternados que apontam na direcção em que a frente se move.

Frente Fria




Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas.

Atmosferica




Todos os seres estão sujeitos à pressão exercida pelo peso dos gases que compõem a atmosfera. Acima e à volta de nós, há biliões de moléculas e átomos que se deslocam a grande velocidade e colidem entre si, com a superfície do globo, com os seres vivos e com qualquer objecto no ar.A pressão atmosférica é a força que o ar exerce por unidade de superfície. A pressão atmosférica varia na vertical diminuindo à medida que se sobe na atmosfera porque a coluna de ar acima desse nível é menor, havendo, por isso, menos quantidade de moléculas e átomos a exercer peso e a comprimir. A pressão atmosférica também varia na horizontal mas em menor escala. A unidade de pressão atmosférica no Sistema Internacional de Unidades é o Pascal (Pa) e corresponde à pressão exercida pela força de 1 Newton, actuando perpendicularmente numa superfície plana de 1 m2. A unidade utilizada pelos meteorologistas é o hectoPascal (hPa; 1 hPa= 100Pa).A variação da pressão em altitude pode ser calculada através da expressão conhecida como equação hipsométrica que permite relacionar variações de pressão com desníveis altimétricos. Pode ser utilizada com uma boa aproximação desde que se decomponha a atmosfera em camadas nas quais a temperatura e humidade variem quase linearmente. No caso de se considerar uma camada de ar seco e onde a temperatura não varie com a altitude (uma camada isotérmica), a pressão ao nível z, em função da pressão ao nível z0 (z0 = 0 ao nível médio do mar) é dada pela seguinte expressão:

p=p0e-g(z-z0)/RasT-->Onde R é a constante dos gases ideais para o ar seco (287 Jkg-1K-1) e T a temperatura absoluta: T(K) = t(ºC) + 273. A pressão decresce exponencialmente com a altitude e decresce mais rapidamente numa camada de ar frio do que numa camada de ar quente. No caso mais realista de se considerar uma camada de ar húmido substitui-se na expressão anterior a temperatura do ar pela temperatura virtual.O valor da pressão atmosférica média à superfície do globo é de cerca de 101500 Pa ou 1015 hPa. Na figura 2 apresentam-se valores muito aproximados da pressão atmosférica a diversos níveis:
Figura 2 - Variação da pressão atmosférica com a altitude (valores aproximados da a diversos níveis da atmosfera).
Como está indicado na figura, a pressão atmosférica atinge os valores máximos ao nível médio do mar. O instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica é conhecido por barómetro (ver estações clássicas). A palavra barómetro deriva de duas palavras gregas baros (peso) e metron (medida).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Massas de ar, Portugal





O conhecimento das características dos diferentes tipos de massas de ar que atingem o território de Portugal Continental e da situação sinóptica a elas associada, é fundamental na análise das situações meteorológicas em tempo real e na previsão do estado do tempo no território. Com efeito, as condições meteorológicas num local específico são determinadas pela dinâmica das circulações atmosféricas e pelas características da massa de ar nesse local. Estas características resultam de propriedades adquiridas pela massa de ar na região de origem e que poderão posteriormente ser alteradas pela acção de diversos factores ao longo do seu trajecto, desde a origem até ao local de observação. Daqui resulta muitas vezes que, embora as situações sinópticas sejam aparentemente idênticas, nem sempre as condições meteorológicas correspondentes são iguais. Está-se então perante dinâmicas da atmosfera diversas mas também perante massas de ar com origens diferentes ou, tendo tido a mesma origem, com alterações distintas durante o seu trajecto até ao local onde se encontram. O estudo pormenorizado das massas de ar em Portugal Continental não é fácil tendo em conta que o território, situado na região sudoeste da Península Ibérica, sofre a influência de factores fisiográficos de dois grandes continentes, a Europa e a África, de um vasto oceano, o Atlântico Norte, e, em menor escala, de um grande mar interior, o Mediterrâneo; por outro lado, as grandes distâncias que o separam das regiões de origem da maioria das massas de ar que o invadem determinam nelas grandes alterações, com aquisição de propriedades que se podem considerar regionais.
Fig. 1.1 - Trajectórias dos principais tipos de massas de ar que influenciam as condições meteorológicas em Portugal Continental.
Acresce ainda que a rede de estações de radiossondagem na região em que se inclui o território de Portugal Continental não é suficientemente densa para permitir, em muitos casos, o estudo e acompanhamento pormenorizado das características das massas de ar e das suas alterações.Os principais tipos de massas de ar que influenciam as condições meteorológicas em Portugal Continental são as massas de ar polar e tropical, continental e marítimo, originados ou modificados pelos continentes europeu e africano e Oceano Atlântico, cujas trajectórias médias estão indicadas na Fig. 1.1.Atendendo à distância a que se encontram as regiões de origem das massas de ar árctico, e à natureza da superfície terrestre que elas têm de percorrer, é muito rara a ocorrência deste tipo de massas de ar em Portugal Continental.Com efeito, se uma massa de ar árctico atingir a França, como a sua espessura é pequena, da ordem dos 2000m, ela será bloqueada no seu avanço para sudoeste pelos Pirinéus, que actuam assim como barreira às vagas de ar frio.
Se esta massa de ar passar para a Península Ibérica através dos Pirinéus, do Golfo da Gasgonha e dos montes Cantábricos, com altitudes da ordem de 2500m, ou do Golfo de Leão, as suas características serão profundamente alteradas pela subida daqueles obstáculos, seguida de descida com aquecimento por subsidência, e pelo percurso marítimo com aquecimento pela base e absorção de humidade, tornando o ar mais quente e mais seco no caso do trajecto continental e um pouco mais quente e mais húmido no caso do trajecto marítimo. A massa de ar fica então com características semelhantes às do ar polar continental ou polar marítimo, respectivamente, embora às vezes pouco acentuadas, no segundo caso.As massas de ar nem sempre apresentam propriedades nitidamente distintas, sendo variáveis com a época do ano e com a situação sinóptica. As massas de ar polar apresentam por vezes diferenças tão grandes que a sua identificação se torna difícil, obrigando a considerar tipos de transição, com propriedades intermédias entre o ar polar e o ar tropical, quer continental quer marítimo, conforme a situação sinóptica. As massas de ar tropical, marítimo e continental, cujas regiões de origem estão mais próximas de Portugal Continental, são as menos modificadas e as mais fáceis de identificar quando directas; mas também apresentam, em certas situações sinópticas, propriedades que correspondem à transição de um tipo para outro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Imagem Satélite em espectro visível, Fevereiro 3, 2009




Estas imagens vêm dos satélites que remanescem acima de um ponto fixo na terra (isto é. são “geostationary”). As imagens visíveis gravam a luz visível do sol refletido para trás ao satélite por altos da nuvem e por superfícies da terra e do mar. São equivalentes a uma fotografia preta e branca do espaço. Podem mais melhor mostrar a nuvem baixa do que as imagens infravermelhas (a nuvem baixa é mais reflexiva do que a superfície subjacente da terra ou do mar). Entretanto, os retratos visíveis podem somente ser feitos durante horas da luz do dia.
Os Coast-lines e as linhas da latitude e da longitude foram adicionados às imagens e foram alterados à projeção stereographic polar.
As imagens visíveis são atualizadas cada hora. Geralmente faz exame de aproximadamente 20 minutos para que estas imagens sejam processadas e seja updated no Web site. O tempo mostrado na imagem está no UTC.

Carta Sinóptica, Fevereiro 3, 2009





Pressão baixa, centrada no Wales com a parte dianteira morna associada que cruzam Inglaterra do norte no mar norte e uma parte dianteira fria do Wales com Anglia do leste e no continente. As calhas estão também na evidência ao norte e ao oeste do centro da pressão baixa.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009





Cartas meteorológicas são representações gráficas sobre áreas geográficas de um ou mais elementos e/ou grandezas meteorológicos e são um auxílio precioso para melhor compreender o comportamento da atmosfera num determinado instante e a sua evolução provável no futuro.

Como exemplo de cartas meteorológicas, e que são simultaneamente das mais comuns, salienta-se as cartas com a marcação de observações meteorológicas (quer à superfície, quer em altitude) e as que resultam de análises e previsões decorrentes da execução de modelos numéricos de previsão do tempo.

Também podem ser representadas em cartas meteorológicas observações em altitude, ou seja, em vários níveis da atmosfera. Contudo, estas observações existem com menor frequência temporal e menor densidade espacial, e são efectuadas essencialmente sobre terra, o que torna a análise destas cartas mais complexa.

Estado do tempo actual:


Imagem de satélite de aspecto previsivel do dia 27 de Janeiro de 2009 antes do meio dia.

Nos centros operacionais de previsão do estado do tempo, as imagens de satélite são fundamentais na área da previsão a muito curto prazo, pois permitem acompanhar a evolução de diversas situações meteorológicas, como, por exemplo:

- aproximação e passagem de sistemas frontais;
- desenvolvimento de células convectivas;
- nevoeiros, em particular junto a zonas costeiras e em vales, durante a madrugada e manhã;
- correntes de jacto localizadas na alta troposfera